De acordo com Esteves (s/d), a primeira Classe Hospitalar de que se tem notícia no mundo teve seu início na década de 1930, quando Henri Sellier, ministro da saúde da França, inaugurou a primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris.
O exemplo deste político foi seguido em vários países, como Alemanha, França, Europa e Estados Unidos, a princípio, com o objetivo de suprir as dificuldades escolares de crianças hospitalizadas com tuberculose.
Pode-se considerar como um acontecimento decisivo para o crescimento das escolas nos espaços hospitalares a Segunda Guerra Mundial, devido ao grande número de crianças e adolescentes que precisaram ser hospitalizados por serem atingidos, mutilados ou contraírem doenças contagiosas como a tuberculose viram-se impossibilitados de frequentar a escola (AROSA; SCHILKE, 2007).
No Brasil, a Pedagogia Hospitalar teve início a partir da década de 50, no Hospital Municipal Jesus, no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, esse atendimento já existe em várias cidades brasileiras, inclusive em Niterói, região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, no Hospital Universitário Antônio Pedro, inaugurado em 15 de janeiro de 1951, sendo re-inaugurado e cedido pela Prefeitura Municipal de Niterói à Universidade Federal Fluminense(UFF) em 1964, com 18 leitos infantis, recebendo crianças que passam em média de cinco à dez dias internadas e realizando por volta de duzentos atendimentos por mês, atualmente com quatro profissionais de educação lecionando. E no Hospital Getúlio Vargas Filho, inaugurado em 29 de setembro de 1954 e municipalizado em 1992, atendendo pacientes dos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, entre outros, com capacidade para 88 leitos, sendo 18 do Centro de Tratamento Intensivo(CTI), realizando aproximadamente sete mil atendimentos por mês, na emergência e ambulatórios, com 248 internações por mês em um tempo médio de oito dias. Este último possui o serviço de Pedagogia Hospitalar desde 1996, com três profissionais atuando no serviço de Pedagogia. Estes hospitais da rede pública são vinculados à Fundação Municipal de Educação/Secretaria Municipal de Educação de Niterói(FME/SME)(AROSA; SCHILKE, 2007).
Infelizmente, até o momento, este serviço não existe no Município de Itaboraí, uma localidade com tantas crianças que, por muitas vezes, passam por uma internação, embora conste a existência desse serviço na região.